quarta-feira, 19 de maio de 2010

Nascimento e morte: O que fazer no "meio termo"?



Aconteceram três casos de morte muito perto da minha vida nesses úttimos meses.
Comecei a pensar então do que vale a nossa vida.

Aliás esse pensamento está tão forte em mim que estou questionando até a importânica de comprar qualquer coisa que não seja comida. Com certeza clara, sei que estou extremista, mas ao mesmo tempo estou mudando um pouco meus valores.

Deus sabe o dia que nascemos e o dia em que vamos morrer. O que fazer nesse meio termo?
Nós, seres humanos, não sabemos quando vamos morrer.
Por que perdemos tempo pensando em móveis, roupas e carros? Isso é o que eu mais pensava até então.
Por que implico com coisas pequenas na minha convivência familiar? Eu literalmente não sei quando vamos morrer.
Se entrar nesse paradoxo louco, com certeza ficarei louca.

Que alegria então é mergulhar na palavra de Deus e relembrar que esse meio termo entre o nascimento e a morte é Jesus. Salvar vidas para ELE nos levará a VITA ETERNA!
Mas que agonia dá ao pensar: Quanto tempo tenho perdido!

Então cada lugar que estou, vou ou fico, terá o claro e único propósito: Salvar vidas para Jesus.

Meu Deus, mas e as minhas coisas???
Aquelas COISAS que tanto penso, como meu carro novo, meu apartamento novo, minhas roupas novas, e aquele tão sonhado sofá novo? Não devo mais pensar nisso?

Essas coisas realmente poderão ser acrescentadas em minha vida se elas não forem prioridades. Pois pense bem... Elas vão apodrecer.

E mesmo assim o amor de Deus por nós é tão grande que Ele pode nos dar tudo isso e muito mais. Pois Ele quer a nossa alegria, independente de muitos pensarem ao contrário. Salvar vida para Jesus é por amor, e não por peso.

Tudo em Jesus é AMOR!

Mas não quero que meu meio termo seja focado nas "coisas"...

Meu Deus me ajude a focar em TI!





Mateus 6 verso 33, nos diz: “Mas buscai primeiro o reino de Deus, e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas”. ...

terça-feira, 4 de maio de 2010

Onde eu cresci...

Três anos se passaram até que voltei por um fim de semana para Lins.
Não imaginava que tantas lembranças me viriam a memória como foi dessa vez.
Absurdamente que é, acabei ficando em um hotel, sensação estranhíssima, tão perto da casa dos meus pais, a minha casa! Ela estava bem sujinha.... Há mais de 50 dias meus pais estão em São Paulo. Não, não sou fresca, só um pouquinho de frescura típica de uma recém casada metida a perua!!

Passar por cada cantinho de Lins me comoveu, me fez perceber que não posso apagar esse passado.Acho que o tentei esquecer disfarçadamente por todo o sofrimento financeiro e psicológico que meus pais passaram, mas foi nessa cidade que vivi grandes e felizes momentos da minha vida. Foi lá que fiz a primeira amizade, conheci meu primeiro namorado, aprendi com minha primeira professora, tive as primeiras decepções, alegrias e descobertas...

Uma cidade com no máximo 60 mil habitantes era para mim o centro do mundo... Tudo acontecia em LINS. Lembro de épocas mais afortunadas em querer desesperadamente voltar de uma viagem só para aproveitar a famosa ExpoLins...consegue acreditar? Para Lins isso é possível a qualquer morador de la como eu, que acredito pode atestar isso como pura verdade.

Passei pela branca de neve, a sorveteria mais tradicional de Lins, o sorvete é realmente maravilhoso, mas não era esse um dos grandes motivos das minhas idas até lá. Hoje ela mudou de local, mas o banco que eu sentava ainda está lá como mostra a foto. Passava horas nesse banco, só com um simples sorvete de casquinha, tentando ver um grande amor passar, e mesmo não passando apreciava as grandes notícias da cidade, muito relevantes para minha vida, claro!

O sorvete preferido era sempre o Copa Melba (Chocolate com pêssego em calda). Obviamente tive que pedi-lo. Por incrível que pareça, quem me atendeu foi a mesma senhora da época da minha infância e ela lembrou de minha predileção eterna e exclusiva pelo chocolate.








A minha casa linda e especial estava lá... nos corredores que corria com meu cachorro pixote, as alegrias e amarguras de uma vida em família ficaram por ali, ainda estão ali...





A escola particular Auxiliadora, reduto de endinheirados da época se contrastava com seu vizinho colégio público Jegão logo em frente. Ali já começara a nascer em mim um sentimento comunista revoltado contra a burguesia desenfreada típica do interior. Namorei um garoto dessa escola vizinha, eu, a aluninha magrela da Auxiliadora com apelido de Seriema. Como esse apelido me causou lágrimas e mais lágrimas. È engraçado lembrar agora a dor que causa um apelido na infância.
Mas foi com amor de infância que me virei contra a frescura de uma cidade pequena.



Mais tarde fui para a famosa ETL, considerada na região a escola mais "difícil".
Que maravilhoso foram esses 3 anos da minha vida. Grandes amigos e grande amor lá nasceu... jamais esquecerei as gincanas, intercalasses e descobertas de sentimentos que fazem parte de qualquer ser humano... A sensação que se tinha ao ingressar na ETL era realmente a de amadurecimento precosse. Nos achávamos maduros o suficiente para fazer qualquer coisa. O que a ETL tinha que nos causava esse sentimento? Que delícia essa época! Lembro com detalhes cada dia vivido ali.





A Baden Baden, a verdadeira da época, que reunia todos nós da ETL mais arrumadinhos para as noites de sábado.



A padaria da minha mãe. Ah, não é da minha mãe, é simplesmente a memória que tenho desde pequeno lugar com ela, passando lá todos os dias para comprar os pães. Como foi difícil para ela, paulistana típica, acostumar com os doces e pães linenses... quem morou ou mora em São Paulo sabe o que estou falando...



A Motolins, 20 anos propriedade da minha família, concessionária Honda.... hoje é outra, outro dono, outro nome, simplesmente outra cara... Meu pai construiu esse prédio. Mas era o tempo, hoje vivemos outro, outro tempo...



Que susto levei ao ver o estado do cinema. Ele está no caminho da via sacra (caminho obrigatório nos fins de tarde e fins de semana). Ele está acabado, doeu vê-lo assim. Nem lembro quantos Indiana Jones vi lá. Sexta-feira era tradicional!



O Choppão, para mim, o grande marco da via sacra linense. Caminho obrigatório para quem tira carta e dá seu primeiro passeio motorizado na cidade. Passar EM FRENTE ao choppão é de tremer as pernas! Não passar EM FRENTE ao choppão é a mesma coisa que não ter entrado na cidade.



Alguns novos lugares encontrei lá, mas confesso aqui que tiveram meu preconceito. Acho que sou conservadora, quero só o antigo, o que vivi. Me recusei a entrar em novas sorveterias, novos restaurantes... mas não dormi na minha casa.. que estranho..

Mas passei horas do domingo dentro dela, dormindo, andando, chorando e lembrando....

Amei minha infância, amei minha adolescência... e amo hoje minha vida!

Obrigada LINS!