quarta-feira, 7 de novembro de 2012

O verdadeiro preconceito



Ontem entrei em uma loja de roupas infantis e me interessei por um sapatinho.
Quando a atendente me falou o valor, fiquei impressionada como era mais caro dos outros que já havia comprado da mesma marca.
Foi na hora que ouvi o comentário: "Imagina, são só R$70,00 mais caro, pouquinha coisa"

Ou eu estou sem noção de valores, ou realmente muitas pessoas não dão valor ao dinheiro.
E para piorar a história perguntei se parcelavam e ela continua "Nesse valor? Acho difícil".
Mesmo que a situação financeira dessa moça estivesse super bem, não compactuo com a idéia de que existam valores "pequenos". Para mim, 1 centavo é dinheiro.

E mais, não tenho vergonha de pedir desconto, e insisto no troco devidamente justo quando são moedas, o que ao contrário de muito estabelecimento por aí que negligencia os trocos em centavos.

O Brasil não liga para moedas....Nos esquecemos que de "Grão em Grão a galinha enche o papo". O fato na realidade não é o papo da galinha mas sim a postura das pessoas.

O que tenho percebido infelizmente, é que não existe preocupação com o futuro financeiro e sim a IMAGEM do HOJE é o que realmente interessa.

Se você tem um carro utilitário moderno, o manobrista abre os olhos, e a dona da loja te recebe de sorrisos largos.
Tente entrar com um fusquinha, óbvio que no modelo antigo e repare na expressão das pessoas.

Infelizmente tenho presenciado casos assim em vários lugares de São Paulo e cheguei a conclusão que o maior preconceito não são com as minorias que tanto falamos. O verdadeiro preconceito aparece no DINHEIRO. 
Muitos levantam a bandeira contra o preconceito. Mas muitos desses mesmos revolucionários não levantam a mão para um simples ser humano que estuda na escola pública e anda de ônibus.

Não importa ter o dinheiro, mas sim aparentar tê-lo. Essa é a regra.
Eu falo "aparentar", pois sei que existem pessoas milionárias que não demosntram o que tem e são,  já ao contrário de muitos que se individam a qualquer custo por uma imagem mentirosa.
E a maioria de nós não enxergamos isso.

"Eu defendo a sua causa se você for um descriminado RICO, mas se for pobre... Ah se for pobre, eu não estou nem aí para você e seu sentimento de exclusão."