Pois é, eu confesso que estava com vergonha, medo, não sei explicar, mas foi difícil pedir para tirar uma foto dessas senhoras. Pensei em coisas do tipo: E se elas se sentirem ofendidas? Mas fui até lá, conversei com elas, e para minha alegria elas toparam. Estas senhoras se reunem nesse supermercado há pelo menos 4 anos, todos os dias no mesmo horário, no mesmo banco. Elas ficam ali conversando, outras só olhando, cada uma com uma história de vida.
Uma delas, começou a falar comigo mais intimamente e pude sentir o sofrimento que ela tenta esconder através de brincadeiras com as amigas.
Nilza, a primeira senhora da esquera para direita, perdeu seu único filho quando ele tinha 19 anos. Ela me contava a história como fosse há poucos anos, mas pela idade dela, percebi que foi há muito tempo.
Eu me comovi com essa história, e ao mesmo tempo me admirei de ver sua força em sair de casa, rir e divertir com as amigas. As vezes, eu por muito menos me desanimo.
Aliás, foi isso um dos motivos da minha alegria em falar com elas, a disposição.
Espero ter esse ânimo sempre!
Fiquei de voltar la, e levar a foto.
Que lindo Paulinha!
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