Nem sei como começar a escrever, porque a sensação que tenho é que não terá espaço suficiente em qualquer internet ou papel do mundo para descrever meu amor e convívio com a Tona e a Teia.
Minha mãe, Sandra, casou-se com meu pai, e foram morar na Rua Costa Carvalho, Pinheiros em São Paulo. Do lado, bem do lado, moravam a Tona e a Teia, irmãs da minha avó, mãe da minha mãe.
Recém nascida e já fui parar no colo dessas queridas de minha vida. Surgiu um afeto mútuo inexplicável em palavras...
O carinho era tanto, que ainda bem pequena, implorava para minha mãe, aos finais de semana, dormir na casa delas...
Com o passar dos anos, meus pais e claro, nós os filhos, nos mudamos para Lins, interior de São Paulo... mas a distância não foi suficiente para me separar da Teia e da Tona.
Minhas férias eram garantidas em São Paulo, lógico na casa delas. Gerava até ciúmes nas minhas primas.
Qual pré-adolescente preferiria ficar na casa de duas senhoras solteiras nas férias a curtir com as primas da mesma idade?????? Sim Senhores, esse alguém era , sou EU!!
Passava um mês na casinha linda em Pinheiros, curtinho absurdamente cada momento, cada detalhe, que lembro perfeitamente como se fosse hoje...
Meus prazeres não eram os parques, shoppings com amigos... era sair com a Teia no Eldorado, brincar com cartas no quarto delas, ver a Tona cozinhando delícias só para mim... Sim, elas me mimaram e MUITO!
Você sabe o que estas lindas senhoras faziam por mim? TUDO... para você que está lendo pode ser nada, mas para mim era e é meu mundo.
Um dia, vi um comercial do chocolate Soufler (antigo) e ele flutuava até a garota pega-lo no ar... No dia seguinte, a Teia pendurou um Soufler na escada para eu pegar... pois ela percebeu como gostei.
Cafés da manhã na cama, os pães em formato de canoinha, como eu gostava... laranja cortadinha deliciosamente, pizzas feita em casa só para mim, carninha picadinha com batata, a berinjela a milanesa dos meus sonhos... que dias felizes ao lado delas...
A Teia, a mais nova, era mais alta e muito ativa. Não parava quieta um minuto e sempre disposta a ajudar.
A Tona, mais velha, mais baixa, mas com uma sabedoria que nunca vi igual em toda minha família e em toda minha vida literalmente.
A Teia se foi, com Mal de Alzehiemer, o que nos deixou imensamente tristes. Agora imagina para Tona que viveu com ela a vida inteira?. As duas nunca vieram a se casar
Com isso, minha fase adulta foi pautada pela maior convivvência com a Tona, logo que voltei a morar em São Paulo.
Acredito, ou quase tenho certeza, de que não existe ninguém do meu convívio que nunca tenha escutado falar da Tona. Falava e falo sem parar de tudo o que ela é para mim. Lembro dos meus empregos, no qual saía correndo no final do turno e causava inveja ao falar que iria jantar na casa da Tona. Ela fazia tudo para mim.
Quantas brincadeiras: "O que a Tona vai fazer hoje??"
Hoje a Tona está doente no hospital, e acabei de saber que ela pode não sair de lá. Não sei explicar o que sinto ao saber dessa notícia. Uma contradição de sentimento... Minha filha está para nascer a qualquer momento, e a qualquer momento posso perder a Tona...
Tona, você não imagina como meu amor por você é grande... quero fazer aqui uma homenagem à você. Mulher que nunca se entristece facilmente, sempre com conselho certo na ponta da língua, inteligente e observadora, com carinho para dar sem fim.
Tona, eu te amo muito, e queria que você conhecesse a Julia, e que ela tivesse o privilegio de te conhecer... Deus sabe todas as coisas
Como escrevi há pouco em outro post....
Eclesiastes 3:2
Há tempo de nascer, e tempo de morrer; tempo de plantar, e tempo de arrancar o que se plantou;
Minha mãe, Sandra, casou-se com meu pai, e foram morar na Rua Costa Carvalho, Pinheiros em São Paulo. Do lado, bem do lado, moravam a Tona e a Teia, irmãs da minha avó, mãe da minha mãe.
Recém nascida e já fui parar no colo dessas queridas de minha vida. Surgiu um afeto mútuo inexplicável em palavras...
O carinho era tanto, que ainda bem pequena, implorava para minha mãe, aos finais de semana, dormir na casa delas...
Com o passar dos anos, meus pais e claro, nós os filhos, nos mudamos para Lins, interior de São Paulo... mas a distância não foi suficiente para me separar da Teia e da Tona.
Minhas férias eram garantidas em São Paulo, lógico na casa delas. Gerava até ciúmes nas minhas primas.
Qual pré-adolescente preferiria ficar na casa de duas senhoras solteiras nas férias a curtir com as primas da mesma idade?????? Sim Senhores, esse alguém era , sou EU!!
Passava um mês na casinha linda em Pinheiros, curtinho absurdamente cada momento, cada detalhe, que lembro perfeitamente como se fosse hoje...
Meus prazeres não eram os parques, shoppings com amigos... era sair com a Teia no Eldorado, brincar com cartas no quarto delas, ver a Tona cozinhando delícias só para mim... Sim, elas me mimaram e MUITO!
Você sabe o que estas lindas senhoras faziam por mim? TUDO... para você que está lendo pode ser nada, mas para mim era e é meu mundo.
Um dia, vi um comercial do chocolate Soufler (antigo) e ele flutuava até a garota pega-lo no ar... No dia seguinte, a Teia pendurou um Soufler na escada para eu pegar... pois ela percebeu como gostei.
Cafés da manhã na cama, os pães em formato de canoinha, como eu gostava... laranja cortadinha deliciosamente, pizzas feita em casa só para mim, carninha picadinha com batata, a berinjela a milanesa dos meus sonhos... que dias felizes ao lado delas...
A Teia, a mais nova, era mais alta e muito ativa. Não parava quieta um minuto e sempre disposta a ajudar.
A Tona, mais velha, mais baixa, mas com uma sabedoria que nunca vi igual em toda minha família e em toda minha vida literalmente.
A Teia se foi, com Mal de Alzehiemer, o que nos deixou imensamente tristes. Agora imagina para Tona que viveu com ela a vida inteira?. As duas nunca vieram a se casar
Com isso, minha fase adulta foi pautada pela maior convivvência com a Tona, logo que voltei a morar em São Paulo.
Acredito, ou quase tenho certeza, de que não existe ninguém do meu convívio que nunca tenha escutado falar da Tona. Falava e falo sem parar de tudo o que ela é para mim. Lembro dos meus empregos, no qual saía correndo no final do turno e causava inveja ao falar que iria jantar na casa da Tona. Ela fazia tudo para mim.
Quantas brincadeiras: "O que a Tona vai fazer hoje??"
Hoje a Tona está doente no hospital, e acabei de saber que ela pode não sair de lá. Não sei explicar o que sinto ao saber dessa notícia. Uma contradição de sentimento... Minha filha está para nascer a qualquer momento, e a qualquer momento posso perder a Tona...
Tona, você não imagina como meu amor por você é grande... quero fazer aqui uma homenagem à você. Mulher que nunca se entristece facilmente, sempre com conselho certo na ponta da língua, inteligente e observadora, com carinho para dar sem fim.
Tona, eu te amo muito, e queria que você conhecesse a Julia, e que ela tivesse o privilegio de te conhecer... Deus sabe todas as coisas
Como escrevi há pouco em outro post....
Eclesiastes 3:2
Há tempo de nascer, e tempo de morrer; tempo de plantar, e tempo de arrancar o que se plantou;